sexta-feira, 30 de maio de 2008

Irlanda apresenta tratado que proíbe bombas de fragmentação


O governo irlandês apresentou nesta sexta-feira o texto oficial do tratado internacional que proíbe as bombas de fragmentação, estipulado na quarta-feira (28) por mais de cem países.
O ministro de Assuntos Exteriores irlandês, Micheal Martin, entregou aos representantes do governo norueguês uma cópia do novo tratado, que será ratificado pelos 111 países signatários em cerimônia que será realizada em Oslo em 2 de dezembro.
O tratado "proíbe, sob qualquer circunstância, o uso, desenvolvimento, fabricação, aquisição e armazenamento" das bombas de fragmentação, ao mesmo tempo em que reforça a assistência às vítimas, a maioria civis.
Os países signatários e a Coalizão contra as Bombas de Fragmentação (CMC), que reuniu mais de 200 ONGs durante as conversas de Dublin, qualificaram o tratado de histórico, apesar de os maiores produtores e usuários (Estados Unidos, Rússia, China e Índia) não terem assinado o pacto. O Moviment per la Pau (Movimento pela Paz), que participa das negociações, considerou positivo "o amplo consenso alcançado", pois "estigmatizará este tipo de armamento e condicionará também o comportamento daqueles que não o assinem".
Marina Freygang.

2 comentários:

Grupo Da Europa disse...

Só um complemento ao comentário da colega Marina para aqueles que não estão familiarizados com o termo "bomba fragmentada"; é uma bomba criada para explodir no ar, liberando explosivos menores, para causar danos por uma área maior.

Apesar de Estados Unidos, Rússia, China e Índia não terem assinado o acordo, considero um grande avanço o consentimento de mais de 111 países nesse projeto importante.

Angela Meneguzzi Colares

Brasil News disse...

...A Irlanda é uma nação comprometida pela páz, e foi o primeiro país a assinar o tratado de não-ploriferação de armas nucleares, em 1967, e contribuiu nas negociações para o Tratado de Ottawa, 1997, para a proibição das minas anti-pessoais.
Bento XVI diz que é inaceitável o uso das bombas de fragmentação, bispos pediram à Comissão para a Justiça da Conferência Episcopal Irlandesa que impeça as intenções das nações que usam e produzem esses explosivos que coloquem em segundo lugar a obrigação moral de proteger civis inocentes.



Rafaela Locatelli