sábado, 14 de junho de 2008


Sarkozy pede que países da UE ratifiquem Tratado de Lisboa


O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu neste sábado que prossiga o processo de ratificação do Tratado de Lisboa (que tem como objetivo reformar a União Européia), para que a rejeição do acordo por parte da Irlanda não se transforme em uma crise.

"É preciso mudar nossa forma de fazer a Europa para responder às preocupações dos cidadãos", afirmou Sarkozy, em entrevista coletiva com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
Os eleitores irlandeses rejeitaram o Tratado de Lisboa em votação popular realizada nesta quinta-feira, 12 de junho, no país. Os resultados oficiais divulgados pelo governo da Irlanda informam que o texto do tratado foi rejeitado com 53,4% dos votos a favor do "não".

Entre as reformas propostas pelo tratado estão a criação de uma Presidência do Conselho de Ministros da UE com longo mandato, um chefe de política exterior mais poderoso e a remoção do poder de veto de países em um número maior de áreas de decisão. A derrota do tratado na Irlanda poderá representar, segundo analistas, uma crise política da União Européia.

O presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, afirmou que o processo de ratificação do Tratado de Lisboa deve continuar apesar do anúncio da rejeição irlandesa. "O Tratado não está morto. Foi assinado pelos 27 Estados-membros, por isto há uma responsabilidade conjunta para enfrentar a situação.", afirmou Barroso.

Além disso, os líderes da UE estudarão formas de considerar as preocupações apresentadas pelo povo irlandês, que serão apresentadas pelo primeiro-ministro irlandês, Brian Cowen.
O Tratado de Lisboa foi ratificado até agora por 18 dos 27 Estados-membros da UE, e Barroso afirmou que o processo de ratificação deve continuar nos oito países restantes.
Angela Colares.

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